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quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Provérbios na escrita

Como andamos a falar de provérbiosa explorá-los no projeto PICOLINresolvemos criar um texto dramático usando-os. 
Decidimos, por consenso, que a história ia passar-se num parque infantil, com um grupo de quatro amigos.



Em modo provérbios

Num sábado de tarde, o Samuel,  o Lucas, a Luana e a Rita encontraram-se no parque infantil.
O Samuel ia a correr e caiu, rebolando pela encosta.
- Depressa e bem, há pouco quem! - gracejou o Lucas.
- Sim, e devagar se vai ao longe! - acrescentou a Rita.
- Olhem que sol tão bonito! - comentou a Luana.
- É mesmo! Esteve toda a semana a chover, até parece verão! - concordou o Samuel enquanto sacudia a roupa.
- Não há sábado sem sol, nem domingo sem missa nem segunda sem preguiça!- disseram em uníssono, rindo-se de seguida.
Entretanto, o Samuel tinha ido para o baloiço. Baloiçava-se tanto que quase voltava o baloiço!
- Cuidado! Não balances tanto! - gritou a Rita.
- Se eu não baloiçar, não subo tanto! - contrariou o Samuel.
- Cuidado! Olha que quem ao mais alto quer subir, ao mais baixo vem cair! - disse o Lucas.
- Sim! Nem oito, nem oitenta! - acrescentou a Luana.
- Pois é, no meio é que está a virtude! - exclamou a Rita.
- Vais cair! Quem te avisa, teu amigo é! - sussurrou o Lucas .
- Ele não sabe que a conselho amigo não se fecha o postigo!- disse a Luana.
Cansado de ouvir os amigos, o Samuel resolveu ir para o escorrega e logo a Rita foi para o baloiço.
- Amigos, amigos, negócios à parte! - disse a Rita- Agora vou eu andar no baloiço!
- Ei! - gritou o Samuel do alto do escorrega - Eu estava aí!
- Quem vai ao ar perde o lugar!- cantarolou a Rita.
- E quem vai ao vento perde o assento! - lembrou a Luana.
- E quem está bem, deixa-se estar! -  concluiu o Lucas.
- Vou para casa! Estou cansado de estar aqui e prefiro estar a jogar Playstation! - resmungou o Lucas.
- Olha que a ociosidade é a mãe de todos os vícios! - alertou a Luana.
A Luana entretanto tentava saltar à corda porque todos na turma sabiam  e ela não.
- Nunca na vida conseguirei! - choramingou a Luana.
- Tem calma! - sossegou a Rita- Com perseverança tudo se alcança!
- Eu quase consigo, mas sem sair do lugar! Queria saber correr a saltar à corda! - disse a Luana.
- Tem calma! Roma e Pavia não se fizeram num dia!- exclamou o Samuel que entretanto tinha descido do escorrega.
- Água mole em pedra dura tanto bate até que fura! - cantarolou a Rita do baloiço - Vais ver que hoje sais daqui a saber correr a saltar à corda.
A Luana numa das tentativas caiu e até esfolou o joelho. Estava tão desanimada que quase chorava e quis desistir.
- Tu consegues! - disse o Lucas que, ao ver a colega tão triste e magoada, resolveu ficar para a ajudar.
Ao ver os amigos a apoiá-la, a Luana sentiu-se confiante e começou a caminhar, saltando à corda.
- Viva! Conseguiste! -  aplaudiam os colegas.
- Obrigada, amigos! Sem a vossa ajuda não tinha conseguido! - agradeceu a Luana.
- Não tens nada que agradecer! - disse a Rita- Os amigos são para as ocasiões!
- Na adversidade é que se conhecem os amigos! - sussurou a Luana, com um grande sorriso.

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