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segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Como desenhar um pássaro...

Hoje ouvimos ler parte do poema "Para fazer o retrato de um pássaro". poema escrito por Jacques Prévert, um poeta francês.
É um poema muito bonito que brinca com as palavras. Se seguíssemos as suas dicas, desenhávamos uma gaiola e saíamos para procurar uma árvore onde encostar a tela e no fim apagávamos todas as grades da gaiola. Ficamos um pouco a discutir o que queria o autor dizer e todos concordamos que ele, tal como nós, acha que os pássaros devem viver livres!
Desenhamos depois os nossos pássaros. Ninguém desenhou a gaiola, todos escolheram pô-los no seu habitat natural. Até pinguins apareceram!
Ficam aqui os nossos desenhos e o poema completo. Será que o poeta ia gostar deles?...



Para fazer o retrato de um pássaro
Pinta primeiro uma gaiola
com a porta aberta
pinta a seguir
qualquer coisa bonita
qualquer coisa simples
qualquer coisa bela
qualquer coisa útil
para o pássaro.
Agora encosta a tela a uma árvore
num jardim
num bosque
ou até numa floresta.
Esconde-te atrás da árvore
sem dizeres nada
sem te mexeres…
Às vezes o pássaro não demora
mas pode também levar anos
antes que se decida.
Não deves desanimar
espera
espera anos se for preciso
a rapidez ou a lentidão da chegada
do pássaro não tem qualquer relação
com o acabamento do quadro.
Quando o pássaro chegar
se chegar
mergulha no mais fundo silêncio
espera que o pássaro entre na gaiola
e quando tiver entrado
fecha a porta devagarinho
com o pincel.
Depois
apaga uma a uma todas as grades
com cuidado não vás tocar nalguma das penas
Faz a seguir o retrato da árvore
escolhendo o mais belo dos ramos
para o pássaro
pinta também o verde da folhagem a frescura do vento
e agora espera que o pássaro se decida a cantar.
Se o pássaro não cantar
é mau sinal
é sinal que o quadro não presta
mas se cantar é bom sinal
sinal de que podes assinar.
Então arranca com muito cuidado
uma das penas do pássaro
e escreve o teu nome num canto do quadro.

(tradução de Eugénio de Andrade do original “Pour faire le portrait d’un oiseau” de Jacques Prévert)

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Adivinha ... O elefante

Respondendo ao desafio feito ontem pelo professor Carlos de criarmos poemas para animais, aqui vai o primeiro trabalho criado em conjunto!

Vai em forma de adivinha mas vai ser bem fácil descobrir de quem falamos!
Quando estávamos a criar o poema, resolvemos fazer com ele uma canção e já está pronta!
O Ricardo ilustrou o animal, nós completamos o desenho e a obra está terminada!

Sou gordinho, sou pesado, mas posso fazer bailado!
Sou grande, sou gigantão mas posso subir num balão!
Eu sou grande, sou gigante, mas durmo numa estante!
Sou gigante mas fofinho, posso estar no teu colinho!

Adivinha quem eu sou e diz lá como me chamo!
e se alguém já acertou vai receber este ramo!

Tenho uma tromba gigante, dou-te um banho refrescante!
Pelos céus posso voar se as orelhas abanar!
Tenho as presas bem lavadas, podes vê-las a brilhar
Deixo-te pôr um baloiço para poderes baloiçar!

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Poemas e canções

Hoje de manhã, o professor Carlos, o professor Bibliotecário, veio à nossa sala ler poemas do livro "Bichos, bichinhos e bicharocos", de Sidónio Muralha.
Num dos poemas, o da Joaninha, o professor pediu uma menina para apresentar o poema com ele, cantando, Foi a Cíntia que cantou as falas da Joaninha usando a música "O balão do João" e cantou muito bem!

.
De tarde voltamos à poesia e à música.
O nosso manual de português apresentava o poema "Baloiço cá, baloiço lá", retirado do livro "Lá de cima, cá de baixo", de António Mota.

Como o poema falava de baloiço, estivemos a lê-lo como se nos baloiçássemos. Esta leitura levou a logo a uma canção que ficou gravada na hora e pronta a partilhar.
Agora podem aprender aqui a canção e baloiçar connosco!

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

A matemática afinal é doce!

"A matemática nunca falha, só falha quando estamos errados!"
Esta é a frase que dizemos muitas vezes na sala quando verificamos um exercício ou descobrimos novas formas de o resolver.
Desta vez, os nossos exercícios trabalham os números racionais, as frações.
Para perceber bem os conceitos de "metade/um meio", a quarta-parte/um quarto", dobramos folhas, fizemos desenhos e pintamos figuras. Estava mais ou menos percebido mas a partir de hoje ninguém vai ter dúvidas porque vimos como as frações podem ser saborosas e saber a chocolate! 
Para percebermos bem a quarta-parte, a professora usou um chocolate que era dividido em quatro barras, ...
...ia distribuindo cada barra do chocolate e nós íamos fazendo o relato: deu um quarto, ficam três quartos para distribuir, ...
 
deu dois quartos, ficam outros dois quartos, deu mais um quarto (já estavam três quartos distribuídos) e sobrou um quarto para mais um de nós.
No fim da distribuição, quando estavam distribuídos os quatro quartos do chocolate, cada um tinha um quarto dele ou a quarta-parte.
 

Durante a divisão do segundo ou terceiro chocolate, alguém observou:
- Ó professora, dois quartos é o mesmo que um meio!!
Boa!! A matemática nunca falha e pode ser doce!!


sábado, 20 de janeiro de 2018

Pais na escola

Hoje é sábado mas a nossa escola esteve aberta e desta vez para uma atividade muito especial!
Os Pais, a convite da ENOSIS, a Associação de Pais, vieram encher de vida o nosso recreio!
Foram 57 as árvores que vieram enriquecer agora a nossa escola! Temos medronheiros, azevinhos, áceres, pinheiros mansos, aveleiras, uma cerejeira, uma ameixoeira, ...
Os nossos recreios a partir de hoje vão ser muito mais agradáveis!
Obrigada, ENOSIS! Obrigada, pais!




quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Vamos descobrir o mundo

Começamos a falar de itinerários em estudo do Meio. Falamos de viagens, de pontos de partida e de pontos de chegada. Esses são fáceis de identificar! O problema é saber indicar pontos de passagem...
A solução foi colocar na parede um mapa de Portugal para irmos explorando! descobrimos cidades e imaginamos viagens!
Mas as nossa viagens são muito maiores por isso, colocamos também o mapa mundo ou planisfério e fomos por aí, procurando países!
Vamos ver quem conhece e identifica no mapa mais cidades ou mais países, daqui a uns tempos!



segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Cartaz da Floresta Autóctone

Enquanto esperamos que as nossas bolotas depois desta chuvinha germinem, aqui fica o poster que criamos para o Dia da Floresta Autóctone...

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Uma nova experiência de escrita

Hoje estivemos a experimentar o presente de Natal que a nossa professora teve!
Na tarefa diária de descrição, escolhemos hoje a da professora Lúcia, a nossa professora de inglês.
Depois da correção, fomos passando os textos para um caderno especial, um caderno reutilizável que permite enviar por mail o que lá escrevermos, a partir de uma foto tirada pelo telemóvel.
Foi uma atividade que adoramos! Todos esperavam ansiosos pela sua vez de escrever!
Para que o texto ficasse bem nítido, tentamos escrever da forma mais clara possível.
Aos poucos, vamos todos experimentando esta ferramenta...



quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Uma aventura pela floresta

Hoje estivemos a falar do texto narrativo, relembrando os passos a dar para o construir. Fomos então elaborar um texto coletivo que serviu para a nossa participação no Concurso "Uma aventura", da Caminho.
Para tema havia duas ou três sugestões mas ficou decidido que a nossa história se passaria numa floresta. Depois de escolhidos os personagens (três amigos), pensamos em caminhadas, em piqueniques, em salvar animais, em perderem-se,... Quando alguém falou de um incêndio, todos concordaram. Escolhemos também o tempo e a história podia começar!
No quadro interativo iam aparecendo as nossas ideias. De vez em quando parávamos e líamos o que tínhamos escrito. Fomos fazendo algumas alterações.
Como em tudo o que escrevemos agora, tentamos usar as palavras trabalhadas no PICOLIN. O texto ficava assim muito melhor!
Esta parte está feita! O texto foi criado e enviado.
Amanhã vamos ver os livros para a modalidade de desenho pois temos bons ilustradores na sala!
 
Aqui fica a nossa história:

Uma aventura pela floresta

Numa tarde muito quente de domingo, o Martim, a Matilde e a Jéssica, foram dar um passeio pela floresta para fazer um trabalho de grupo. Tinham que identificar as espécies que existiam nesse local porque andam a estudar a biodiversidade e as plantas autóctones.
Os pais recomendaram-lhes para não se afastarem muito e para levarem chapéus e água.
Levavam binóculos, uma máquina fotográfica, um bloco de notas, um guia de plantas, uma lupa, uma caixa de papelão e umas luvas.
Pelo caminho iam tomando notas e fotografando as espécies que viam, apontando o local. Na caixa guardavam folhas das árvores que encontravam para depois mostrarem à turma.
De repente, quando estavam muito atentos observando com a lupa um bocado de musgo, ouviram uns estalidos e sentiram um cheiro a fumo. Puseram-se em pé, procurando ver de onde vinha aquele fumo e aquele barulho.
O céu estava a ficar cinzento e já sentiam o fumo na garganta, ao respirar.
Começaram a gritar ao mesmo tempo, correndo um para cada lado:
- Socorro! Está tudo a arder!
O Martim parou e disse aos colegas:
- Vamos manter-nos calmos, sem nos separar, e vamos tentar sair daqui!
- Sim!  -disse a Matilde- E temos que ir chamar os bombeiros!
Sempre muito juntos, tentaram dirigir-se para o caminho de casa mas começaram a ficar cercados pelo fogo.
À sua volta, ouviam os gritos e pios dos animais que tentavam também salvar-se. Os pássaros voavam de um lado para o outro, muito aflitos, e um coelho passou por eles aos saltos, fugindo das chamas. Sem hesitar, os três amigos seguiram-no mas logo o perderam de vista.
Com muita dificuldade foram andando até que chegaram ao ribeiro. O fogo não ia chegar ali de certeza pois só havia carvalhos, freixos, choupos e amieiros, árvores a quem eles chamam “bombeiras” porque dificilmente ardem, protegendo assim o resto da floresta. Ali ficavam seguros até que alguém os socorresse!
- Se calhar, ninguém viu ainda o incêndio, temos que chamar os bombeiros! – disse a Jéssica.
- Se seguirmos sempre pelo ribeiro e subirmos o monte, vamos ter à aldeia! – exclamou o Martim.
Sempre juntos, segurando bem os seus materiais e a caixa de folhas recolhidas, foram correndo pelas margens, até que chegaram à casa do senhor Manuel, um senhor já velhinho que quase nunca saía de casa. Ele podia ajudá-los a chamar os bombeiros.
Exaustos, bateram à porta com força e o senhor Manuel apareceu, intrigado com aquela barulheira.
- Mas que se passa? – questionou ele.
- Por favor, senhor Manuel, chame depressa os bombeiros porque há um incêndio na floresta! Se não fizermos nada, vai ser uma catástrofe!
O senhor Manuel estava surpreendido por ninguém ter dado conta! Pegou no telefone e ligou para o 117, passando as informações que os três amigos deram . Esperaram então ansiosos a ajuda.
Em poucos segundos ouviram as sirenes que se aproximavam. Como a casa ficava no cimo do monte, de lá, viam tudo. Viram os bombeiros a chegar e a esticar umas grandes mangueiras que lançavam muita água.
Daí a pouco, já não se via chamas, apenas o fumo no ar. Afinal ardeu apenas uma parte da floresta onde havia pinheiros e eucaliptos. Ainda bem, porque aí não havia muitos ninhos nem muitos animais!
O resto da floresta salvou-se!
Na volta, os bombeiros passaram pela casa do senhor Manuel e deram os parabéns aos três amigos por terem sido tão corajosos. Para chegarem mais depressa a casa, foram no camião dos bombeiros. Eles adoraram!
Os pais receberam-nos com um grande abraço, aliviados por tudo ter acabado bem e muito orgulhosos por eles terem sido os salvadores da floresta!

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Girafas...

Hoje começamos a ler o livro " A girafa que comia estrelas", de José Eduardo Agualusa, um escritor atual.
Começamos por ler e explorar um excerto no nosso manual.
Ficamos a saber que esta história falava de Olímpia, uma girafa especial que andava sempre com a cabeça nas nuvens, comia estrelas e que tinha uma amiga galinha-do-mato pouco inteligente que só dizia coisas óbvias. Foi uma risota quando soubemos o nome da galinha: Margarida, como a nossa professora!
Depois de explorar aquela parte da história, fomos conhecer a história toda e ficamos a saber que a girafa Olímpia e a sua amiga Margarida que por acaso até foi inteligente, salvaram a savana da seca!
  


Como fomos convidados a desenhar uma parte da história e claro, todos iam desenhar a Olímpia, a professora mostrou-nos um livro muito diferente daqueles a que estamos habituados. É o livro "A girafa e o elefante", de Francisco Eduardo, irmão da Mariana Cruz que nos acompanha nas nossas aventuras pela floresta. Este livro conta a história apenas com imagens a lápis e abre-se como um leque. Na parte de trás tem o pescoço e cabeça de uma girafa quase em tamanho natural e todos ficaram impressionados com os seus bigodes! Parecia tão real!
 
A professora mostrou-nos então um vídeo onde podíamos ver como surgiram aquelas imagens e ainda fotos de uma exposição feita com os desenhos do livro.
 





- Ah! Ele desenha melhor do que o Ricardo que é o melhor a desenho da sala! - comentamos.
A professora disse-nos que, se trabalharmos muito, poderemos um dia até desenhar melhor e que, se calhar, o Francisco da nossa idade também não desenhava assim tão bem...
Os nossos desenhos não são de ilustrador profissional mas ficaram bem bonitos!
Quando estiverem prontos, vamos mostrá-los!