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sexta-feira, 22 de maio de 2020

Uma Aventura com final feliz!

Hoje recebi os resultados do Concurso "Uma Aventura" e, mais uma vez, fomos galardoados com o Prémio especial do Júri! Já começa a ser uma tradição!
Esta notícia tem um sabor especial por ter chegado no dia exato! É que este texto fala de uma aventura numa saída de campo e de ...Biodiversidade.

Para confirmarem que merecemos o prémio, aqui fica o texto!

Uma aventura…numa Saída de Campo
Naquela segunda-feira, à entrada para as aulas, a agitação era imensa! As saídas de campo e as aulas na Natureza eram as atividades favoritas da turma.
Estava tudo preparado! Nos sacos levavam o material de apoio: máquinas fotográficas, lupas, sacos para recolha de materiais, binóculos, fitas métricas, bloco de notas e lápis.
Mais uma vez, iam explorar a Natureza. Cada saída de campo é uma novidade porque há sempre novas descobertas. E há tanto para descobrir mesmo ao lado da escola!...
- Está tudo pronto? Organizem-se por grupos e não se esqueçam dos materiais! – disse a professora.
- No nosso grupo está tudo pronto! – respondeu entusiasmada a Carolina.
- No nosso, também! – acrescentaram a Luana, o Márcio e o João.
- Todos sabem as regras… - lembrou a professora.
- Não fazer barulho! – disse o Micael.
- Não se afastar da professora! – relembrou o Vasco.
- Não calcar nem cortar nada! – alertou  a Letícia.
- Sim, e a regra principal … - começou a dizer a professora.
- Usar todos os sentidos! – completaram,  em uníssono.
Já no monte, um grupo observava, fotografava e media os líquenes para tentar descobrir a sua idade.
- Professora, este líquene deve ter uns 20 anos porque tem aproximadamente 15 centímetros de largura! - comentou entusiasmado o Gabriel.
- Eu já consegui fotografar com a lupa no telemóvel uma formiga que estava aqui a procurar alimento ou esconderijo! – sussurrou a Maria.
Ao lado, um grupo decalcava as texturas dos troncos e das folhas enquanto outro ia levantando cuidadosamente pedras para encontrar algum vestígio de animais. Como estava sol, podiam ter a sorte de encontrar um réptil!
O último grupo distanciou-se um pouco para chegar a uma zona húmida, com muitos carvalhos, salgueiros, amieiros e com muito coberto vegetal.
– Este é o melhor local para observarmos fetos e musgos! – disse a Gabriela.
- E também cogumelos! – acrescentaram o Martim e a Clara.
- Cuidado para não escorregar e molhar os pés! - recomendou o Eduardo.
– Sim, ainda não somos rãs ou tritões! – gracejou o Duarte.
De repente, como estão sempre atentos a todos os pormenores, ouviram um barulho que vinha de um arbusto e pararam para perceber o que era…
- Não se mexam! Eu vou chamar a professora! – sussurrou o Afonso.
A professora, com muito cuidado, aproximou-se do arbusto e, com uma cara de espanto murmurou:
- Não vão acreditar! Estão aqui três crias de raposa!
- E os pais delas? – perguntou preocupada a Nicole.
- Devem ter ido procurar alimento! - respondeu a Lara.
Todos se tinham aproximado subtilmente e já conseguiam ver as três divertidas raposinhas que pareciam peluches saltitantes.
- Professora, estou a ver ali ao longe uma ave de rapina! – apontou a Helena.
- Temos que proteger as raposinhas até a mãe chegar! – exclamou o Ricardo.
A Cíntia, com um ar muito preocupado, disse:
- Se ficarmos aqui a protegê-las, a mãe pode não se aproximar…
- Ou pior, pode atacar-nos! – comentou a Eduarda.
A professora apresentou a sua ideia:
- Colocámo-nos atrás daqueles medronheiros que têm uma folhagem bem densa, e ficamos atentos às raposinhas e às aves de rapina.
- Se se aproximarem, nós fazemos barulho para as afugentar! – disse o Rúben.
- E se a mãe tem medo de nós e foge? – questionou o Guilherme.
A professora Margarida sossegou-o:
- O instinto das mães é proteger as suas crias por isso só precisamos de ter paciência e esperar… Ela vai perceber que não estamos aqui para as magoar!
Não esperaram muito tempo! Ouviu-se o regougar da raposa e as três crias foram ao seu encontro, desparecendo por trás de um arbusto. Foi um alívio!
- Oh! Não tirámos fotografias! – exclamou a Kamar.
- Mais importante que guardar esta aventura numa fotografia, é guardá-la na nossa memória e no nosso coração! – disse a Inês, sorrindo.

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