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terça-feira, 29 de setembro de 2020

Biodiversidade na nova escola

 Fico contente por ver que  a turma continua atenta à biodiversidade que nos rodeia!

Recebi há uns dias uma foto de um avistamento de uma espécie de besouro...

depois de um Coleopteron preto e vermelho


e hoje mais umas de um mosquito ...


de um artrópode...

e de um Louva-a-Deus, por mais do que uma partilha.


Muito bem, turma, continuem com esse espírito observador e atento!

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Escrita e solidariedade

Todos os anos participamos no projeto "Histórias da Ajudaris" e os nossos textos têm sido sempre selecionados. Este ano não foi diferente e o nosso texto será um dos que vai fazer parte dos livros que serão depois vendidos, revertendo o valor para a associação:
Nesta edição a Ajudaris recebeu mais de 1000 textos, o que mostra que há muitos alunos a trabalhar a escrita de uma forma solidária.

Este ano o tema era os Animais. Como é habitual, conversámos para escolher o subtema, o género de texto, as personagens,... Claro que se falou logo dos animais abandonados, com muitas histórias e testemunhos pelo meio. Ficou então combinado que iríamos colocar-nos no papel de um cão abandonado e escrever uma carta aos humanos.

Partilhamos aqui, mais uma vez, o nosso texto:


Carta a um Humano
Olá, Humano.
O meu nome é Bobi, ou Max, ou Kika, ou Snopy, ou Rex, .., ou qualquer um dos nomes que tu me quiseste chamar.
Ainda te lembras de mim ou já me esqueceste?
Um dia nasci e era muito pequenino e bonito. Era uma bolinha de pelo cor de mel, com umas orelhinhas que quase não se viam e uma cauda curta, felpuda e fofa. Ainda não me tinha posto em pé sozinho e todos me queriam pegar!
Tinha um cestinho para dormir, um osso para roer, uma bola com sinos para brincar e uma coleira colorida no pescoço que só usava para passeares comigo.
Roía os teus sapatos, fazia xixi no tapete, deixava a tua cama cheia de pelo e desarrumava a sala toda. Com paciência e alguns ralhetes teus, tudo corria bem!
Quando chegavas a casa, eu era o primeiro a receber-te com muitas lambidelas e fitas.Se te sentavas no sofá,   saltava logo para o teu colo e nunca conseguias ler o jornal em paz.
O tempo passou eu fui crescendo...
Eu era apenas um rafeiro e tu começaste a não me dar atenção.
Um dia (já não te deves lembrar) com a desculpa de me levares a passear, meteste-me no carro, andaste, andaste, até chegar a um monte ermo. Já não te deves lembrar também, mas atiraste o meu brinquedo favorito para bem longe e eu, muito entusiasmado, fui  a correr atrás dele. Há tanto tempo que não querias brincar comigo que eu nem acreditava!
Demorei muito tempo para encontrar o brinquedo porque o atiraste para bem longe, para trás de um medronheiro...
Quando finalmente voltei para to entregar, já não estavas lá!
Ainda pensei que estavas a jogar às escondidinhas comigo, mas não... Procurei, procurei, mas não te encontrei. Só muito mais tarde percebi que me tinhas abandonado!
Escrevo-te esta carta para te dizer que já tenho uma nova família. Não tenho muitos brinquedos, nem uma coleira colorida, nem um cestinho para dormir mas tenho muuuiiiito carinho.
Agora peço-te uma coisa: se não queres assumir o compromisso de cuidar e amar um animal, não o procures! Um animal não é uma coisa descartável, que se deita fora quando não se quer!
Assinado:
Bobi, ou Max, ou Kika, ou Snopy, ou Rex, .., ou qualquer um dos nomes que tu me quiseste chamar.