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segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

A Natureza é a melhor sala de aula

Aproveitando o bom tempo que nos convidava a sair da sala,  hoje iniciámos a primeira atividade do Projeto   da Rede de Escolas do Futuro -  "A Natureza é a melhor sala de aula".
Para nos orientarmos ao explorar o espaço da escola tínhamos um guião que começava assim...


O Inverno no jardim da escola e o que ele esconde!

"Vamos conhecer a biodiversidade dos espaços verdes da nossa escola e identificar as diferenças entre espaços, com mais ou menos coberto vegetal. As árvores perderam grande parte das folhas mas o chão, os troncos e os ramos também podem ter vida e muita cor!"

A primeira tarefa, já no recreio, foi escolher dois locais diferentes para exploração. Para ajudar no registo da sua localização, estivemos a identificar os pontos cardeais. Identificámos o Oeste pelo local onde vemos o pôr-do-sol (a zona do charco) e a partir daí, os outros pontos.
Escolhemos o jardim do lado esquerdo (Este) e a zona do charco (Oeste) porque têm realmente um coberto vegetal muito diferente, permitindo fazer muitas observações e recolhas.

Esta atividade não foi concluída hoje porque a professora nos queria mostrar este charco que viu há três semanas, atrás da escola. A dúvida era se seria um charco temporário criado pela acumulação das águas da chuva ou um charco permanente...
Charco em 22 de dezembro

A observação mostrou-nos que era um charco temporário porque não tinha água. Pudemos observar com muita atenção o solo e aprendemos uma nova palavra, "sedimentos". Esta palavra foi-nos apresentada depois de uns dizerem que podíamos ver o lodo do fundo do charco e outros falarem de musgo e até algas. Com a máquina fotográfica e com lupa no telemóvel para os pormenores fotografámos esses sedimentos. A próxima tarefa será recolher uma amostra para, na sala, observar no microscópio.

Os sedimentos do charco...



Os sedimentos, vistos à lupa...
 Junto ao charco pudemos ver uma espécie exótica e infestante, a erva-cortadeira ou Erva-das-Pampas que foi arrancada quando se fez a colocação das bolas de semente naquele espaço. Tirámos fotografias também com a lupa e usando as mãos, pudemos perceber por que é que aquela planta tem aquele nome! Se tentássemos arrancar uma daquelas folhas íamos cortar-nos, de certeza!
As "plumas", vistas à lupa...
O solo tem muito coberto vegetal, ótimo para receber espécies animais. Não vimos diretamente um animal mas vimos os seus vestígios! Havia muitos excrementos de coelho! Este é um bom local para eles porque têm alimento e refúgio.


Quando regressávamos à escola a Maria Letícia chamou a atenção para um animal, o gafanhoto! Se ele não tivesse passado à frente dela nem o víamos pois conseguia disfarçar-se mesmo bem nas plantas!




A paragem seguinte foi para observar líquenes. Havia muitos mas observámos especialmente dois, aproximadamente do tamanho de um CD, para tentarmos saber quantos anos teriam...Como sabemos que crescem 2 ou 3 milímetros por ano, percebemos logo que tinham muitos, muitos anos! Já sabemos que os líquenes resultam de uma associação entre uma alga e um fungo e que são muito importantes porque servem de alimento e de refúgio a muitos pequenos animais.



Líquene visto à lupa...


Numa Saída de Campo não observamos só Seres Vivos! As rochas e os cursos de água são outros dos aspetos que hoje observámos. Pudemos reparar na forma como as rochas se apresentavam ...


e reparámos nas pequenas linhas de água.



Mesmo antes de chegar à escola ainda observámos e identificámos algumas espécies de árvores que já conhecemos muito bem como o Carvalho...

o Pinheiro...

e o Sobreiro.


Esta zona à volta da nossa escola é excelente para falar de biodiversidade! Não precisamos de andar muito para entrar na sala de aula da Natureza!



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